Em uma recente entrevista, Nicolás Maduro não confirmou sua candidatura nas eleições presidenciais de 2024 na Venezuela. Respondendo ao jornalista Ignacio Ramonet, Maduro disse que é “prematuro” falar se sua candidatura será oficializada ou não. Maduro afirmou que a decisão final será tomada considerando os interesses da pátria e não ambições pessoais.
“Quando a decisão for tomada, seja qual for, todos sairemos para conquistar. O que posso dizer hoje (…) é que, em 2024, o povo da Venezuela dará uma nova lição aos impérios do mundo, à direita oligárquica, aos extremistas, que não esquecerão por décadas”, afirmou Maduro.
Ele destacou que as “forças populares” venezuelanas estão se preparando para uma “grande vitória eleitoral” e para um “novo tempo de revolução”, continuando os projetos históricos deixados pelo falecido Hugo Chávez. Ele assegurou que o ano de 2024 será um ano de “grandes triunfos”.
Nos meses anteriores, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) sugeriu a participação de Maduro nas eleições, com declarações como “quem vai é Nicolás (Maduro)”. O vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, expressou anteriormente seu desejo de que Maduro continue sendo o presidente.
Mas, o dilema está na parte interna do PSUV, pois em todas as pesquisas Maduro está no fundo, pois tem uma altíssima rejeição da população pelo seu fracasso na gestão, além da gigante quantidade de casos de violação aos direitos humanos, perseguições políticas, execuções extrajudiciais e gigantes casos de corrupção bilionária.
As eleições presidenciais na Venezuela estão programadas para o segundo semestre, chavistas e oposição concordaram em realizá-las, contemplando a observação internacional. A oposição, liderada por María Corina Machado, busca a “vitória eleitoral”, apesar de uma inabilitação que pesa sobre ela. Machado, que venceu as primárias da oposição com 92,35% dos votos, solicitou ao Tribunal Supremo de Justiça a revisão de seu caso, alegando que nunca foi notificada da inabilitação.