O novo rascunho divulgado na COP28 em Dubai mostra uma drástica mudança na posição da cúpula, passando da pretensão de “eliminação” total do consumo de combustíveis fósseis a uma “redução”.
A proposta surge após pressão dos países da OPEP, liderados por Arábia Saudita e Iraque, que se opuseram à eliminação progressiva no fim de semana. No entanto, a eliminação gradativa como proposta não aparece no novo texto, contrariando muitos blocos de países.
O rascunho sugere “acelerar tecnologias com nulas ou baixas emissões”, incluindo, “energias renováveis, nuclear” e métodos de captura de emissões. Se for aprovado, ainda não passará a ser vinculante, de forma que países podem se recusar a adotar essas políticas.
A Arábia Saudita, maior exportadora global de petróleo, rejeita mencionar a eliminação de combustíveis fósseis nos textos da ONU. Entre os 22 países árabes, os sauditas contam com o apoio dos membros da OPEP e enfrentam divergências com os Emirados Árabes Unidos, país anfitrião da conferência, cujo representante o Sultão Al Jaber quer pressionar para consolidar um novo acordo mundial sobre commodities como gás, petróleo e carvão.
O rascunho anterior pedia a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, mas o novo texto opta pela redução do consumo, refletindo tensões nas negociações climáticas da COP28.