Em outubro, durante a COP30 em Belém, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, encontrou-se com membros do MST, um grupo que realiza ocupações de terras à margem da lei. Pouco depois, o banco anunciou um investimento de R$ 450 milhões no Arco de Restauração na Amazônia, levantando preocupações sobre a possibilidade desses recursos serem destinados a grupos afins ao governo Lula (PT).
No decorrer da COP, Mercadante elogiou a contribuição de Lula no enfrentamento das mudanças climáticas. No entanto, questiona-se se o enfoque ambiental do governo não encobre uma eventual agenda ideológica e o financiamento de grupos considerados como invasores por quem defende a propriedade privada, como o MST. O presidente do BNDES destacou que o reflorestamento representa a solução mais econômica para a crise climática, mas críticos argumentam que essa abordagem pode estar mascarando intenções políticas.
Dado o histórico e os propósitos do MST, a alocação de recursos do BNDES em projetos ambientais na Amazônia onde os ”sem terra” participem, pode ser interpretada como uma oportunidade para a organização. A atuação na produção agrícola, combinada com a formação política, permite ao MST obter financiamento e influenciar a utilização desses fundos de acordo com seus princípios, gerando dúvidas sobre a possível instrumentalização desses recursos para objetivos ideológicos específicos, que eventualmente beneficiariam a agenda petista.