Geert Wilders, o polêmico político holandês frequentemente chamado o “Donald Trump holandês”, conseguiu a vitória nas últimas eleições, posicionando-se para liderar os Países Baixos como seu próximo primeiro-ministro.
O líder de 60 anos do Partido pela Liberdade (PVV) tem sido uma figura proeminente na política holandesa, conhecido por sua postura anti-islamista e cética com a União Europeia. Apesar das expectativas anteriores de que permaneceria na oposição, com 99% dos votos apurados, o Partido pela Liberdade se consolidou como o grande vencedor.
Para entender a dimensão da vitória, o partido de Wilders por si só obteve 37 assentos no parlamento, superando uma coalizão inteira de esquerda (26 assentos) e uma coalizão inteira de centro (23 assentos).
Dirigindo-se aos seus apoiadores jubilosos em um pequeno bar nos arredores de Haia, Wilders expressou disposição para colaborar com outros partidos. “O PVV quer, a partir de uma posição fantástica com 35 assentos que não podem mais ser ignorados por nenhum partido, cooperar com outros partidos”, afirmou.
Wilders, um crítico histórico da migração em massa à Europa, disse que “os holandeses esperam que o povo possa retomar o seu país e que veremos que o tsunami de requerentes de refúgio e de imigração será reduzido”.
O novo desafio do Wilders é a formulação do seu potencial governo, que sempre foi um processo demorado na Holanda (no passado, a formação de um governo tem chegado a demorar mais de cem dias). Todavia, é impossível para os partidos ignorar o resultado das eleições e o mandato do povo, que segundo pesquisas, manifestou de forma geral que prefere um governo de direita do que um de centro ou de esquerda.