O governo Lula (PT) contratou, sem licitação, a LCM Construção e Comércio para seis obras totalizando R$ 196 milhões. Luiz Otávio Fontes Junqueira, presidente da empreiteira, enfrenta acusações do Ministério Público Federal por improbidade administrativa e superfaturamento em uma obra no Pará. Questiona-se a escolha da empresa, que já acumulou R$ 1,5 bilhão em contratos com o Dnit sob o governo Lula, selecionada em 29 licitações.
Em paralelo, o pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), desponta como o prefeito de São Paulo que mais gastou em obras sem licitação nos últimos 14 anos, revela levantamento do TCM a pedido do UOL. Com gastos de R$ 3,7 bilhões entre janeiro de 2022 e outubro de 2023, um aumento de 294,5% em relação ao período de 2009 a 2021, a gestão de Nunes prioriza contratos emergenciais para solucionar problemas crônicos na cidade.
Em ambos os casos, a ausência de licitação, que é um procedimento fundamental para garantir a concorrência justa e a eficiência na aplicação dos recursos públicos, compromete a transparência na administração. A falta de um processo competitivo abre espaço para o favorecimento de empresas específicas, podendo resultar em custos inflados e na seleção de contratantes que podem não oferecer a melhor relação custo-benefício para a sociedade.