O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que ‘concentrar a discussão’ sobre a guerra entre Israel e Hamas na adoção do termo terrorismo, pelo governo do presidente Lula, seria ‘um equívoco’. Ele considerou que, apesar de importante, essa não é a questão central do conflito. “Não vou dizer que é uma falsa questão. É uma questão, mas não é a questão central. Estamos empenhados em salvar vidas. A vida dos brasileiros em 1º lugar, o que exige uma locução variada”, afirmou em entrevista ao canal Globo News.
O petista citou um tweet publicado por Lula em 7 de outubro, 1º dia do conflito, quando integrantes do Hamas invadiram o território israelense, mataram e sequestraram civis. Na ocasião, o presidente expressou repudio aos ataques, mas relativizou a ação do grupo extremista.
Amorim de fato acerta em dizer que essa não é a questão central da guerra. Mas o assessor número 1 do atual presidente peca miseravelmente em suavizar o termo usado para nomear o Hamas – terroristas responsáveis pela morte de três brasileiros e cerca de 1.400 inocentes. O grupo, inclusive, parabenizou o Lula pela vitória nas últimas eleições.
Imagine o pensamento dos familiares de tantas vítimas, diante de um momento de dor e revolta, frente ao ‘equivoco’ mencionado pelo ex-ministro da Defesa ao Hamas. À refletir.