Cenas deprimentes marcaram o congresso do PSOL, em Brasília. Era para ser um encontro para eleger a nova presidente da partido, Paula Coradi, mas o que se viu foi algo típico da esquerda sul-americana: desorganização, baderna, xingamento e – como não poderia faltar – agressão.
O encontro foi interrompido depois que integrantes do PSOL começaram a trocar socos em cima do palco, transformado naquele momento em um verdadeiro ringue de MMA. Na tradução assertiva para o português, foi um verdadeiro vale-tudo.
Em meio a cenas lamentáveis houve também o momento de um certo humor, como em toda obra digna de William Shakespeare – o famoso dramaturgo inglês. Em um certo momento da confusão, o locutor diz o seguinte: “Isso não, companheiros. Isso não”. Obviamente os baderneiros não obedeceram o pedido de calma e a mesma voz foi ouvida novamente: “Todos e todas, desçam do palco”.
Em nota oficial, o PSOL informou que a briga não impediu que o congresso aprovasse as deliberações já marcadas. A sigla também lamentou o ocorrido e prometeu apurar os fatos. Paula Coradi é a nova presidente da legenda. Ela é ligada ao deputado Guilherme Boulos, que almeja a prefeitura de São Paulo nas eleições municipais do ano que vem.
Antes da campanha eleitoral e mesmo sem o PT, a esquerda já mostrou, em apenas um encontro, o que esperar para a disputa na capital paulista em 2024. Adaptando a celebre frase do poeta britânico ‘ser ou não ser, eis a questão’, cabe ao eleitor impedir uma tragédia real na prefeitura da maior cidade da América Latina.