Morreu aos 92 anos, no Rio de Janeiro, Mario Jorge Lobo Zagallo, uma lenda da história do esporte e o único homem a conquistar 4 títulos de Copas do Mundo. Mas os últimos anos não foram fáceis para o ídolo do Botafogo e da Seleção Brasileira. Em setembro 2023, ele passou cerca de três semanas internado com uma infecção. Retornou ao hospital em 26 de dezembro e, desta vez, não conseguiu voltar para casa. Zagallo teve falência múltipla dos órgãos às 23h40 desta sexta-feira (5).
“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo. Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas. Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa”, diz a postagem publicada em forma de comunicado em uma rede social de Zagallo.
O ‘Velho Lobo’, como ficou conhecido, venceu como jogador os mundiais de em 1958 e 1962; como técnico em 1970 e como coordenador técnico em 1994. Ele ainda esteve no comando da Seleção em 1974 (4º lugar) e 1998 (vice-campeão), além de ter sido novamente coordenador em 2006 (quartas de final).
A personalidade forte e marcante contornou toda a carreira deste mestre. Afiado nas palavras, veio em 1997 o bordão mais conhecido dele: “Vocês vão ter que me engolir”, desabafou ao vencer a Copa América de 1997, diante de uma série de críticas que vinha recebendo.
Supersticioso, tinha o 13 como número da sorte e externou isso após conquistar novamente a Copa América, desta vez em 2004, diante de nossos principais rivais: “Brasil campeão e Argentina vice têm 13 letras”, disse com um sorriso de alívio no rosto.
Zagallo deixou uma história de amor e profundo respeito com a camisa verde e amarela. Mas era a hora de descansar.
Morreu um dos maiores brasileiros de todos os tempos.
O mundo disse adeus a um mito do esporte.
O futebol se despede de uma referência histórica.
Todos nós perdemos.