O Senado Federal definiu que a votação da indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central ocorrerá no dia 8 de outubro, logo após o primeiro turno das eleições municipais. A decisão foi anunciada pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também informou que a sabatina de Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) será marcada em breve, após um conflito de datas com a reunião do Copom ser resolvido. Galípolo foi nomeado por Lula da Silva (PT) para substituir Roberto Campos Neto.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), manifestou certa insatisfação com o calendário, expressando que teria preferido uma sabatina antes das eleições. “Não era o meu sonho de consumo”, afirmou Wagner, referindo-se ao agendamento posterior ao pleito de 6 de outubro. Contudo, ele declarou estar de acordo com a decisão de Pacheco, e se comprometeu a conduzir o processo de forma célere.
Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central, deverá enfrentar desafios importantes na sabatina, incluindo perguntas sobre sua visão para a política econômica do país. A troca de comando no Banco Central ocorre em um momento sensível, com o mercado atento à independência da instituição, algo defendido pelo atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi nomeado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).