O governo federal desembolsou R$ 203,6 mil para a “viagem imperial” da primeira-dama Janja da Silva a Paris, repleta de luxos, onde representou o presidente Lula na abertura dos Jogos Olímpicos. A viagem, que ocorreu de 25 a 29 de julho, incluiu passagens de ida e volta em classe executiva para Janja, totalizando R$ 83,4 mil. Além disso, cinco assessores que a acompanharam, com passagens em classe econômica, somaram R$ 64,8 mil, enquanto as diárias para cobrir hospedagem, alimentação e transporte chegaram a R$ 55,1 mil.
A comitiva também incluiu oito agentes da Polícia Federal, cujas despesas com passagens aéreas totalizaram R$ 113,8 mil. Esses agentes são autorizados por lei a prover segurança para familiares do Presidente e Vice-Presidente da República. As informações sobre a viagem foram obtidas no painel de viagens do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e no Portal do Orçamento SIGA Brasil. Parlamentares do partido Novo questionaram a necessidade e o custo da viagem, solicitando esclarecimentos ao ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Em resposta às críticas, Janja publicou uma nota nas redes sociais expressando seu orgulho em representar o Lula nos Jogos Olímpicos. Deputados do Novo, como Adriana Ventura, enfatizaram a necessidade de transparência e responsabilidade nos gastos públicos, especialmente em um momento de cortes orçamentários em áreas essenciais como saúde e educação. “Precisamos assegurar que cada centavo dos recursos públicos seja utilizado com responsabilidade e transparência,” afirmou Adriana Ventura.