O procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (CPI), Karim Khan, acaba de solicitar mandados de prisão contra três líderes do Hamas e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, bem como contra o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. Essas solicitações estão relacionadas a crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante os atentados de 7 de outubro em Israel e a subsequente guerra em Gaza.
Khan indicou que os mandados de prisão se baseiam em evidências coletadas e examinadas por seu escritório. Os líderes do Hamas implicados são Yahya Sinwar, chefe do Hamas em Gaza; Ismail Haniyeh, líder político do Hamas no exílio; e Mohammed Diab Ibrahim Al Masri, conhecido como Mohammed Deif, chefe do braço militar do Hamas, as Brigadas Al Qassam.
Além disso, Khan também solicitou mandados de prisão para Netanyahu e Gallant, um passo que havia sido antecipado por rumores e que gerou uma forte reação em Israel. Em um comunicado emitido através da rede social X, Netanyahu declarou: “Israel espera que os líderes do mundo livre se oponham firmemente ao ataque escandaloso do CPI ao direito inerente de Israel à autodefesa”.
A imprensa israelense vinha informando nas últimas semanas sobre a possibilidade de o CPI emitir mandados de prisão contra Netanyahu e outros altos funcionários devido ao seu papel na guerra de Gaza.
Em seu comunicado, Khan sublinhou a gravidade dos crimes investigados e a necessidade de levar os responsáveis à justiça. “As evidências coletadas até agora demonstram uma clara violação do direito internacional humanitário, e é imperativo que os responsáveis por esses atos enfrentem as consequências legais”, afirmou Khan.