O grupo terrorista Hezbollah declarou nesta quarta-feira (19) seu apoio direto ao regime iraniano na atual guerra com Israel. Em pronunciamento público, o secretário-geral da organização, Naim Qassem, afirmou que o grupo não se manterá neutro diante da escalada militar e acusou os Estados Unidos de agirem com hostilidade. Segundo ele, “nós, do Hezbollah e da Resistência Islâmica, não somos neutros entre os direitos legítimos e independentes do Irã e a malevolência dos Estados Unidos e sua agressão ao tumor cancerígeno, Israel”.
Aliado histórico de Teerã, o Hezbollah é financiado e armado pelo Irã, e é classificado pelos Estados Unidos como organização terrorista. A manifestação ocorre após o início dos confrontos entre Israel e Irã, na última sexta-feira (13), quando forças israelenses atacaram instalações estratégicas do programa nuclear iraniano. A retaliação de Teerã foi imediata, resultando em mais de 240 mortos, segundo dados oficiais.
A declaração de Qassem também foi uma resposta às falas recentes de Donald Trump. O presidente norte-americano usou sua rede Truth Social para ameaçar o aiatolá Ali Khamenei, afirmando que sabe onde ele está e que sua paciência “está se esgotando”. Diante disso, o Hezbollah classificou as declarações como uma agressão não apenas ao Irã, mas “a todos os povos da região”, deixando em aberto a possibilidade de abrir uma nova frente de combate a partir do Líbano.