A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou nesta quinta-feira (18) que o governo se comprometeu a não gastar mais do que arrecada, mas ressaltou que é igualmente importante não gastar pouco demais. “O grande exercício é equilibrar. É não gastar demais ao ponto de depois o mais pobre comprar comida mais cara, mas também não gastar de menos”, disse Tebet durante uma entrevista. A ministra enfatizou que cortar gastos é necessário, mas esses cortes devem se concentrar em fraudes, erros e irregularidades, áreas onde ainda há muito a ser corrigido.
Em meio a esse cenário de equilíbrio fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou a análise de uma possível nova projeção econômica devido aos dados positivos recebidos recentemente. Haddad mencionou que a economia está mostrando resiliência, apesar de fatores adversos como as enchentes no Rio Grande do Sul. Ele também indicou que parte das medidas de revisão de benefícios sociais e previdenciários poderá ser incluída no relatório sobre a desoneração da folha salarial, a ser discutido após o recesso parlamentar em agosto.
O esforço para manter o equilíbrio fiscal segue as diretrizes de Lula da Silva (PT), que autorizou medidas adicionais, se necessário, para fechar as contas deste ano e elaborar o Orçamento de 2025. Haddad destacou a importância de agir com cautela antes de realizar qualquer nova projeção econômica. “Estamos recebendo informações e dados que sustentariam uma reprojeção, mas eu pedi cautela para avaliar bem se essa reprojeção deve ser feita e quando deve ser feita”, afirmou. A Secretaria de Política Econômica (SPE) também revisou suas projeções, refletindo a atual trajetória das contas públicas e do PIB.