O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esclareceu sua posição após a repercussão negativa de suas declarações sobre a possibilidade de anular o voto em um eventual segundo turno entre Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL). Em entrevista ao UOL, Tarcísio afirmou que “se expressou mal” ao sugerir que ficaria de fora da disputa caso seu candidato, Ricardo Nunes (MDB), não estivesse na corrida. O comentário gerou críticas de figuras influentes, como o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que afirmou: “Não existe voto nulo contra a esquerda”.
Em resposta às críticas, Tarcísio admitiu que “Carlos está certo” e reconheceu que sua declaração reflete uma insegurança quanto às propostas de Marçal, as quais ele considera insuficientes para uma boa gestão. O governador destacou que a estratégia de Marçal, que inclui confrontar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tem sido eficaz para atrair atenção, mas que ele, Tarcísio, vê o empresário como um candidato sem capacidade de governar.
Apoiador declarado da reeleição de Ricardo Nunes, Tarcísio coloca como prioridade evitar que a esquerda governe a cidade de São Paulo e tem buscado demonstrar tanto para o eleitorado bolsonarista que uma vitória de Boulos significaria o fim de diversas parcerias entre o governo estadual e a prefeitura, tornando inviável uma cooperação futura. Ele enfatizou que seu foco é impedir a ascensão de Boulos, cujas ideias são contrárias aos interesses de São Paulo.