O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, negou os pedidos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro em declarar o impedimento dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. No entendimento do atual presidente da Corte, as alegações dos advogados não estão de acordo com uma eventual retirada de ambos os magistrados a respeito do processo.
Para a defesa do ex-presidente, Dino já moveu uma queixa-crime contra Bolsonaro por acusação de calúnia, injúria e difamação, quando o ministro era governador do Maranhão. No caso de Zanin, a defesa alega que o próprio ministro já se declarou impedido para julgar um recurso apresentado pelo líder da Direita contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que o declarou inelegível. Ambos foram indicados por Lula neste atual mandato e compõem a Primeira Turma do STF.
Neste momento, uma fatia do Supremo defende que a denúncia seja levada ao Plenário para ser analisada pelos 11 membros da Corte, e não somente por 5 deles (Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Carmen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino).