O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a ‘soltura’ do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que estava preso preventivamente há um ano sob acusação de interferência nas eleições de 2022 para supostamente beneficiar o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Silvinei, que cumpria pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, terá que usar tornozeleira eletrônica e cumprir outras medidas cautelares, como a proibição de sair do país e o cancelamento de seu passaporte.
A decisão de Moraes veio após entender que os motivos que justificaram a prisão preventiva de Silvinei já não se aplicam mais, dado o avanço das investigações. Além da tornozeleira eletrônica, o ex-diretor da PRF está proibido de usar redes sociais e deve se apresentar periodicamente à Justiça. A medida, que revoga a prisão preventiva, havia sido negada anteriormente cinco vezes, mas agora foi acatada devido à mudança nas circunstâncias do caso.
Silvinei Vasques foi preso sob a acusação de realizar operações no Nordeste com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores de Lula da Silva (PT) durante o segundo turno das eleições de 2022. O caso ganhou notoriedade após ele ter publicado em suas redes sociais uma mensagem de apoio a Bolsonaro na véspera da votação. A publicação foi apagada, mas gerou repercussão negativa e serviu como um dos elementos que justificaram sua prisão.