O senador Sergio Moro (União-PR) foi ouvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. O parlamentar negou qualquer irregularidade nos gastos de campanha. Uma das ações é movida por uma coligação composta por PT, PCdoB e PV. Esse grupo preparou mais de 200 questionamentos a Moro, que optou por não responder.
Ao deixar o prédio da Justiça Eleitoral, o senador reiterou que todos os seus gastos de campanha foram declarados e respeitaram a legislação: “O que você tem é um monte de nada, um grande castelo de cartas que nós começamos a desmontar hoje”, afirmou.
O ex-juiz da Operação Lava Jato também negou que a pré-candidatura a presidente tenha impulsionado sua campanha ao Senado: “Eu já era sobejamente conhecido no Paraná ou no Brasil inteiro sem uma pré-candidatura presidencial”, disse.
Uma outra ação é movida pelo diretório estadual do PL, com aval do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto. Moro é questionado sobre gastos na pré-campanha, quando ainda estava filiado ao Podemos, e na campanha, quando o senador migrou para o União Brasil. São despesas como compra de carro blindado, compra de celular, evento partidário e viagem.
“O que me deixa profundamente ofendido, violado até neste aspecto, é quando as partes alegam que gastos com segurança deveriam ser considerados para a cassação do meu mandato”, reagiu o ex-juiz ao deixar o TRE. E concluiu: “Andar de carro blindado e andar com segurança não traz nenhuma vantagem em eleições.”