A minirreforma eleitoral, tão desejada pela Câmara dos Deputados, precisa ultrapassar mais duas etapas. A primeira delas é a aprovação no senado – essa parece ser mais espinhosa. A segunda é a sansão presidencial – certamente sem enfrentar o menor obstáculo do presidente da República. Mas o tom dos senadores já demonstra não haver pressa, ao contrário do que se viu na semana passada na Câmara dos Deputados. Tamanho corre corre com a matéria se justifica para que tenha validade já nas eleições municipais de 2024.
O senador Jorge Seif (PL-SC) disse que a inclusão dos projetos na pauta da Casa foi discutida com o presidente Rodrigo Pacheco: “Não há unanimidade. Entendemos que existem outras questões na frente por resolver.”
O senador Efraim Filho (PB), líder do União Brasil, disse que a definição entre as lideranças partidárias foi avaliar se estão ou não de acordo com o projeto: “Se tiver essa concordância, poderá sim ser votado. O que não tiver convergência fica para depois”.
A minirreforma tem um sabor tão amargo que recebeu críticas de todos os lados. A senadora Teresa Leitão destacou a mudança em relação às mulheres, em clara referência às brechas no texto que abrem espaço para fraudes na cota de gênero. “Mulher não é peça de xadrez, que você tira daqui e leva pra ali”, concluiu.