O Senado dos Estados Unidos aprovou, nesta terça-feira (28), uma resolução que revoga as tarifas de 50% impostas pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros. A votação terminou com 52 votos a favor da revogação e 48 contra, marcando uma derrota simbólica para a Casa Branca, já que cinco senadores republicanos se uniram à oposição democrata para questionar a declaração de emergência usada como base para as taxas.
Apesar da votação no Senado, a medida não terá efeito prático, pois deve ser barrada na Câmara dos Representantes. O comando do Partido Republicano, que detém a maioria na Câmara, indicou que impedirá que a proposta avance, mantendo o apoio às medidas comerciais de Trump. A Câmara decidiu que nenhuma ação para bloquear as tarifas será votada antes do final de dezembro de 2025.
A votação no Senado foi a primeira de uma série de resoluções democratas para desafiar as tarifas de Trump, com as próximas sendo focadas no Canadá e em uma taxa global. Senadores de ambos os partidos criticaram o uso do poder de emergência para fins tarifários. O senador republicano Rand Paul argumentou que “emergências são para a guerra, a fome, um tornado. Não gostar das tarifas de alguém não é uma emergência”. O democrata Tim Kaine questionou o Congresso por abdicar de seu poder comercial. Já o ex-líder republicano Mitch McConnell alertou que “tarifas tornam tanto a construção quanto a compra nos EUA mais caras”, indicando apoio a futuras resoluções.





 
		 
		
 
		 
		 
		


