No último final de semana, Lula (PT) celebrou a aprovação da Reforma Tributária durante a cerimônia de assinatura do projeto habitacional “Copa do Povo”, em São Paulo. O evento ganhou destaque pela presença do deputado e pré-candidato da chapa petista à prefeitura da capital, Guilherme Boulos (PSOL-SP). A entrega de moradias populares tornou-se um cenário estratégico para impulsionar a campanha de Boulos em um evento do Governo Federal.
Boulos, em seu discurso, associou o atraso do projeto ao governo de Jair Bolsonaro (PL), destacando uma estratégia para contrastar com a administração passada e fortalecer sua imagem política. Boulos apresenta uma rejeição substancial no eleitorado paulistano, que o conhece por apoiar iniciativas afastadas da legalidade, como invasão de propriedades privadas e apoio a grupos desestabilizadores como o MTST.
A aliança entre Lula e Boulos, que busca compor uma chapa PT-PSOL, abre espaço para reflexões críticas sobre o uso de eventos e recursos do Estado para promover figuras em campanha, como Boulos, que aspira à Prefeitura de São Paulo e ofereceu a escolha do vice ao partido de Lula em troca de um apoio firme para se tornar prefeito.