Quem não se lembra da picareta Jorgina de Freitas? Aquela finada sem-vergonha desviou nada menos que US$ 310 milhões da Previdência enquanto era procuradora do INSS. Mas, diante do que temos visto por aí, o que essa sujeita roubou entre as décadas de 80 e 90 foi trocado de pinga perto do que foi surrupiado nos últimos tempos dos cofres públicos — dinheiro de gente que passou a vida inteira trabalhando pra ter uma velhice minimamente digna.
Mais de 6 bilhões de reais. Sim, pense aí no que daria pra fazer com essa grana. Muita coisa, né? Mas, principalmente, dar dignidade aos velhinhos abandonados deste país. Coisa que o Carlos Lupi, aparentemente, não está muito preocupado em fazer. Três vezes ministro dos petistas e sempre envolvido em algum rolo.
Muito bem, se demitiu. Mas deixou um laranjinha no lugar. Afinal, o número dois do ministério sabia de tudo o que o número um fazia. Trocaram seis por meia dúzia. E, pra completar, o governo Lula ainda tomou um pé nos fundilhos por ter tirado o Lupi — perdeu o PDT como base de apoio na Câmara. Até aí, sinceramente, tô me lixando.
Outro nome que aparece nessa história, vejam só, é o do irmãozinho do presidente Lula, o tal do Frei Chico. Vice-presidente do SINDNAPI — Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical — que, nos últimos anos, teve um faturamento altíssimo: 100 milhões de reais em três anos. Mas, como era de se esperar, sendo “amigo do rei” — na verdade, irmão dele — a “lojinha” dele passou ilesa pela investigação.
O irmão da “alma mais honesta deste país” não teria, imagina só, um irmão com a alcunha de Frei metido em trambicagem. Ainda mais em tempos de conclave…
Acho que fico com a frase da inesquecível vilã Odete Roitman:
“Pode ter certeza que se cortassem a mão desse pessoal em praça pública, diminuía o índice de violência nesse país.”
E eu digo mais, Odete: de ladroagem também!