O Rio de Janeiro enfrenta um aumento nos índices de violência em 2023, o que tem gerado preocupações entre autoridades regionais e a população do estado. Especialistas apontam para o fortalecimento do crime e para as restrições nas ações policiais nos QGs do tráfico como fatores que contribuem para essa situação.
Além disso, o estado carioca tem se tornado um destino para foragidos de outros estados, que utilizam a região tanto para expandir seus negócios ilícitos quanto como refúgio contra a polícia e quadrilhas rivais.
Organizações não governamentais (ONGs) têm se manifestado em contrario às operações policiais nas favelas cariocas. Elas argumentam que essas ações frequentemente resultam na morte de criminosos, e há vozes que defendem que tais indivíduos não deveriam ter sido mortos.
DECISSÕES QUE ATRAPALHAM
Membros do governo Lula (PT), incluindo o Ministro da Segurança Flávio Dino (PSB), têm criticado o que consideram excessos nas operações policiais, especialmente quando se trata da morte de criminosos nas favelas do Rio. O próprio presidente Lula já manifestou opiniões justificando as ações dos criminosos em determinadas circunstâncias.
Durante a pandemia de COVID-19, o Ministro o STF Edson Fachin, emitiu uma decisão liminar proibindo operações policiais em favelas do Rio de Janeiro, citando preocupações com a saúde pública. Essa medida gerou dúvidas quanto ao seu impacto no combate ao crime, uma vez que permitiu que as atividades criminosas ganhassem força ao não enfrentar a atuação das forças de segurança.
UM ESTADO DOMINADO PELO CRIME
Dados recentes apontam que Itaguaí registrou o maior número de homicídios e confrontos na cidade em 2022. O estado do Rio de Janeiro como um todo apresentou um aumento de 17,3% no número de assassinatos nos primeiros seis meses de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com o índice nacional de homicídios, criado pela Globo.
Foram registrados 1.790 assassinatos no primeiro semestre de 2023, o que equivale a uma média de 10 mortes por dia, ou uma a cada 2 horas e meia. Esse aumento representa a segunda maior alta registrada no país, ficando atrás apenas do estado do Amapá, que apresentou um aumento ainda mais expressivo de 65,1% nos índices de homicídios.