Nesta terça-feira (31), o movimento Ansarullah do Iêmen, mais comumente conhecido como os rebeldes Houthi, declarou a guerra a Israel. O porta-voz militar Houthi, Yahya Sarei, fez uma declaração pública anunciando que suas forças armadas haviam lançado um grande número de mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como inúmeros drones, mirando várias localidades dentro de territórios israelenses.
Sarei afirmou que esses ataques eram uma demonstração de apoio aos palestinos em Gaza, que estão lidando com o que percebem como “agressão americano-israelense”. Esses ataques coincidem com o que eles descrevem como o “fracasso dos regimes árabes oficiais” e a “colaboração com o inimigo israelense”.
“As Forças Armadas do Iêmen confirmam que a operação é a terceira, em apoio aos nossos irmãos da Palestina, e a continuidade da execução de mais ataques seletivos com foguetes e aviões não tripulados”, informou Sarei.
Para as Forças Armadas, o que perturba à região é a existência do “inimigo sionista” que comete crimes e massacres contra os habitantes de Gaza.
Essas alegações de um ataque dos rebeldes Houthi a interesses israelenses são significativas, marcando a primeira vez em que eles entraram diretamente no conflito Hamas-Israel. Sua entrada segue advertências do Irã de que a guerra contínua em Gaza poderia desencadear a “abertura de novas frentes”. Sarei confirmou essa narrativa, afirmando que é a “continuada perpetração de crimes e massacres contra o povo da Faixa de Gaza” que ampliou o conflito.