Nesta quinta-feira (5), o dólar apresentou um aumento e o Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o dia em queda. Esses acontecimentos ocorrem em um contexto de crescente aversão aos riscos nos mercados globais, o que tem atraído a atenção de investidores e analistas no Brasil.
O dólar fechou o dia com um aumento de 0,32%, atingindo a marca de R$ 5,1687. Nas últimas semanas, a moeda norte-americana voltou a operar acima de R$ 5, um cenário que chamou a atenção do mercado. Esse movimento ocorreu após o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, reforçar sua postura de manter as taxas de juros norte-americanas elevadas, mesmo diante das maiores taxas em mais de duas décadas.
Essa decisão do Fed está relacionada ao desafio de conter a inflação nos Estados Unidos, que alcançou 3,7% nos últimos 12 meses, superando a meta estabelecida pela instituição de 2%. Além disso, o mercado de trabalho norte-americano continua aquecido, gerando mais empregos do que as previsões indicavam, aumentando o poder de compra dos consumidores e ampliando a pressão sobre os preços.
O anúncio do Federal Reserve surpreendeu alguns investidores que, até então, esperavam sinais de redução nas taxas de juros. O resultado desse reforço nas taxas elevadas dos EUA foi a valorização dos títulos públicos americanos, atraindo investimentos e fortalecendo o dólar em relação a outras moedas, incluindo o real.
No Brasil, o dólar já subiu quase 5% em apenas um mês. Comparado ao menor valor registrado neste ano, em 26 de julho, a valorização chega a 9%. Esse cenário de volatilidade no câmbio também impactou o Ibovespa, que registrou uma queda de mais de 3% em um mês e uma retração de mais de 7% em relação à sua máxima deste ano, em julho.