O líder russo Vladimir Putin planejou com sucesso sua quinta vitória eleitoral em meio a um processo marcado por prisões, exílios e até mesmo a morte de opositores, garantindo sua permanência no poder até o ano de 2030. De acordo com a TV estatal Russia-24, Putin recebeu 87,67% dos votos.
O processo eleitoral estendeu-se por três dias devido à vasta extensão territorial da Rússia, que abrange 11 fusos horários diferentes. Com uma base de eleitores de 114 milhões, incluindo ucranianos residentes em áreas ocupadas pelas forças militares russas, como Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk, o pleito foi levado sob forte controle de Putin.
Apesar da presença de outros três candidatos na disputa, nenhum deles representava uma ameaça real ao domínio de Putin. Curiosamente, todos os concorrentes declararam publicamente seu apoio ao presidente russo e endossaram sua política de invasão à Ucrânia.
No entanto, a eleição foi marcada por denúncias de repressão, conforme relatos de grupos de direitos humanos e veículos de comunicação proibidos no país. Muitos opositores encontram-se detidos ou exilados, enquanto o líder da oposição, Alexei Navalny, faleceu em fevereiro sob circunstâncias controversas enquanto cumpria pena em uma prisão no Ártico.
Apesar do rígido controle estatal, houve relatos de incidentes isolados de vandalismo em locais de votação, incluindo um ataque incendiário e a tentativa de manipulação das urnas.
Com a reeleição, Putin torna-se o líder russo com o mandato mais longo na presidência, tendo ascendido ao poder em 2000. Ao final deste novo período, Putin totalizará 30 anos no cargo (contando os anos que comandou o país como primeiro-ministro), consolidando ainda mais sua posição como uma figura dominante na política russa e mundial.