A Ucrânia lançou uma ofensiva militar de grande escala contra a região de Kursk, no território russo, em uma tentativa de desviar a atenção das forças de Putin que pressionam o leste ucraniano, provocando prejuízos importantes a Moscou. A operação, iniciada na última terça-feira (6), forçou a Rússia a declarar estado de emergência na área e a evacuar civis das vilas próximas à fronteira. O presidente russo, Vladimir Putin, acusou Kiev de uma “provocação em larga escala”, alegando que os ataques foram dirigidos contra alvos civis, incluindo ambulâncias e residências, assim como o regime russo tem feito na Ucrânia, onde é acusado de assassinar civis, incluindo crianças hospitalizadas.
O ataque ucraniano teve como objetivo atingir Sudja, uma cidade de importância estratégica tanto para a distribuição de gás russo para a Europa quanto por sua proximidade com a usina nuclear de Kursk. No entanto, segundo informações do regime putinista, as forças russas afirmam ter contido o avanço, com o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, relatando a destruição de 50 veículos blindados ucranianos, incluindo tanques. Apesar disso, a situação permanece volátil, com combates se prolongando pela madrugada de quarta-feira (7).
A resposta russa incluiu a mobilização de reservas e a intensificação das operações no norte da Ucrânia. Vídeos divulgados em redes sociais russas mostram caminhões incendiados e aeronaves sobrevoando áreas de combate, mas ainda há incerteza sobre o real impacto da ofensiva ucraniana, devido à dificuldade de verificar informações de maneira independente. Enquanto isso, o governo de Volodymyr Zelensky, como de costume, não comentou oficialmente a operação.