O ditador russo Vladimir Putin voltou a propor negociações diretas com a Ucrânia, desta vez em Istambul, no dia 15 de maio. A disposição russa em retomar o diálogo foi anunciada durante a madrugada de sábado para domingo, horário de Moscou, mas sem a confirmação de um cessar-fogo prévio — ponto considerado essencial por Kiev e seus aliados para viabilizar qualquer avanço diplomático. “Proponho negociações diretas sem condições prévias”, declarou Putin, ao afirmar que uma paz duradoura só será possível com a eliminação das “causas profundas do conflito”.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, respondeu positivamente à ideia de encontro, mas condicionou sua participação à suspensão imediata das hostilidades. Em publicação na rede X, Zelenski afirmou: “Estarei esperando Putin na Turquia na quinta-feira”, e reiterou o apelo por um cessar-fogo completo a partir do dia 12. O ex-presidente dos EUA Donald Trump endossou publicamente a proposta russa e pressionou Zelenski a aceitar, destacando que “ao menos serão capazes de determinar se é possível ou não um acordo”, em postagens na rede Truth Social.
Ainda assim, o clima permanece tenso: a Ucrânia acusou Moscou de lançar mais de 100 drones na madrugada desta segunda-feira (12), inclusive após o anúncio das intenções diplomáticas. O governo francês criticou a proposta de Moscou por não incluir uma trégua imediata, acusando Putin de tentar apenas ganhar tempo. Já a Turquia, por sua vez, confirmou estar disposta a sediar as conversas, conforme informou a presidência do país após telefonema entre Erdogan e Putin.
