O ditador russo Vladimir Putin declarou estar disposto a negociar um acordo para encerrar o conflito na Ucrânia, desde que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, assuma o papel de mediador. Durante sua coletiva anual à imprensa internacional, nesta quinta-feira (19), Putin destacou que essas conversas poderiam ocorrer a partir de 20 de janeiro de 2025, data em que Trump, toma posse. “Sempre dissemos que estamos prontos para negociações e compromissos”, afirmou o líder russo, ressaltando que qualquer avanço depende de ambas as partes estarem preparadas para ceder.
Putin também comentou o estado das forças ucranianas, que, segundo ele, estão exauridas e incapazes de sustentar o conflito por muito tempo. Ele afirmou que as tropas russas continuam avançando e que estão perto de alcançar seus objetivos, embora não tenha especificado quais seriam esses. O líder russo lembrou que um eventual acordo precisaria considerar o histórico das negociações em Istambul, realizadas nos primeiros meses da guerra, mas nunca implementadas. Essas tratativas incluíam concessões que, segundo políticos ucranianos, seriam equivalentes a uma rendição.
Apesar da abertura declarada para um acordo, Putin descartou a possibilidade de negociar diretamente com as autoridades ucranianas atuais, exigindo que eventuais conversas fossem conduzidas com representantes considerados legítimos pelo Kremlin, como o parlamento ucraniano. O líder russo também reforçou que a Rússia não cederia em suas exigências fundamentais, incluindo a neutralidade da Ucrânia em relação à OTAN. Enquanto isso, o conflito continua a devastando o território ucraniano, com avanços territoriais russos e milhões de pessoas deslocadas pela guerra.