O ditador da Rússia, Vladimir Putin, demonstrou otimismo em relação ao futuro das negociações para o fim da guerra na Ucrânia sob a mediação de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos. Em declarações no Cazaquistão, Putin descreveu Trump como “inteligente e experiente”, destacando sua capacidade de encontrar soluções para o conflito. Durante a conversa telefônica entre os dois líderes na última quinta-feira (7), Trump pediu que Moscou evitasse uma escalada militar, enfatizando o peso da presença militar americana na Europa.
Apesar da abertura ao diálogo, o Kremlin reafirmou que não flexibilizará suas condições para a paz, incluindo o abandono das ambições da Ucrânia de entrar na OTAN e a retirada de tropas ucranianas de territórios disputados. Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentou um plano de resistência que inclui mais apoio militar do Ocidente. Trump, que também conversou com Zelensky recentemente, garantiu que os EUA manterão suporte à Ucrânia, mas evitou detalhar como pretende implementar a solução “em um dia”, promessa feita durante sua campanha.
O tom de Putin contrastou com críticas direcionadas ao presidente Joe Biden, acusado de “escalar” a guerra ao autorizar o uso de mísseis americanos de longo alcance contra alvos na Rússia. O líder russo também mencionou preocupações sobre a segurança de Trump, citando atentados sofridos pelo presidente eleito durante a campanha. “Foram usados métodos absolutamente incivilizados contra Trump, e temo que ele ainda não esteja seguro”, afirmou Putin.