O ditador da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (19) que está disposto a trabalhar com a Ucrânia em um memorando para futuras negociações de paz, após uma conversa telefônica com o presidente dos EUA, Donald Trump. Durante o diálogo de mais de duas horas, os dois líderes concordaram em iniciar tratativas que poderiam incluir um possível cessar-fogo e definir os princípios de um acordo. Apesar do tom positivo, o Kremlin evitou confirmar qualquer cronograma imediato para a suspensão das hostilidades no leste europeu.
Putin classificou o contato com Trump como “muito útil” e “franco”, e ressaltou que o documento em discussão poderá conter “posições sobre os princípios de acordo e prazos para a assinatura de um possível tratado de paz”. A retomada das negociações entre Moscou e Kiev, que ocorreu recentemente em Istambul após uma pausa de três anos, foi apontada por Putin como um sinal de avanço: “Estamos no caminho certo”, disse. A iniciativa conta com o apoio declarado de Trump, que vem reforçando seu interesse em acelerar o processo de pacificação.
Apesar da abertura ao diálogo, o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, afirmou que ainda não há um cronograma para um cessar-fogo e que a troca de prisioneiros entre Rússia e Estados Unidos também foi abordada durante o telefonema. O Kremlin mantém sua posição de que a prioridade de Moscou é atacar as causas profundas da guerra. A fala de Putin reforça essa linha: “O principal para nós é eliminar as causas fundamentais desta crise. Só precisamos determinar as maneiras mais eficazes de avançar em direção à paz”.
