A prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL), no sábado (22), levou a bancada do Partido Liberal a intensificar articulações em Brasília. Deputados e senadores da sigla se reuniram nesta segunda-feira (24) com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, para alinhar estratégias diante do novo cenário político. O principal objetivo é consolidar a defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, tema que ganhou força após a detenção do ex-presidente e passou a ser tratado como prioridade pela oposição.
Durante o encontro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) destacou que a pressão será direcionada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que o projeto da anistia seja pautado. Ele descartou qualquer possibilidade de acordo sobre a dosimetria das penas, como propõe o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP). “Nosso objetivo é aprovação do PL da Anistia”, afirmou o parlamentar, reforçando que não haverá concessões em relação à redução de penas. A fala evidencia a tentativa da oposição de se manter coesa diante das medidas adotadas pelo Governo Federal e do STF.
A reunião da cúpula do PL também teve como pano de fundo a preparação para a disputa eleitoral de 2026. A sigla avalia que a prisão de Bolsonaro pode servir como catalisador para unir diferentes setores da direita em torno de uma agenda comum. Nesse contexto, a anistia é vista como ponto de partida para fortalecer a base conservadora e ampliar a mobilização contra o governo Lula, que segue enfrentando críticas por sua condução política e pela forma como lida com os processos relacionados aos atos de 8 de janeiro.







