Gustavo Petro, o presidente colombiano, ameaçou cortar os laços diplomáticos com Israel após a suspensão das exportações de segurança para a Colômbia como resposta a comentários controversos de Petro comparando o governo israelense à Alemanha nazista.
Em uma série de postagens no Twitter na semana passada, Petro não apenas deixou de condenar os ataques terroristas do Hamas contra civis israelenses, mas também atraiu críticas internacionais ao comparar Israel à Alemanha nazista. Essas declarações foram em resposta ao massacre de civis israelenses pelo grupo terrorista Hamas em 7 de outubro, resultando em mais de mil mortes até o momento e outros 199 reféns até segunda-feira.
Petro afirmou em 8 de outubro: “Se eu tivesse vivido na Alemanha em 1933, teria lutado ao lado dos judeus, e se eu tivesse vivido na Palestina em 1948, teria lutado pelo lado palestino”. Ele continuou, dizendo: “Agora, os neo-nazistas querem a destruição do povo palestino, da liberdade e da cultura. Agora, democratas e progressistas desejam paz e liberdade para o povo israelense e palestino”.
Suas observações também incluíram: “Nenhum democrata no mundo pode aceitar que Gaza seja transformada em um campo de concentração”, e Petro alegou que visitou Auschwitz e agora o vê “refletido em Gaza”.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel reagiu às declarações de Petro convocando o Embaixador da Colômbia em Israel e informando que Israel decidiu interromper todas as exportações de segurança para a Colômbia em resposta às “declarações hostis e antissemitas” de Petro.
Petro respondeu no Twitter, afirmando: “Se as relações exteriores com Israel precisam ser suspensas, as suspenderemos. Não apoiamos genocídios”.
O presidente colombiano também afirmou: “Você não insulta o Presidente da Colômbia” e pediu “solidariedade real” dos países latino-americanos para com a Colômbia. Petro fez referência à guerra territorial entre Bolívia e Paraguai de 1932 a 1935, conhecida como a Guerra do Chaco.
Os comentários de Petro também incluíram exigências para que Israel auxilie a Colômbia a combater as insurgências terroristas marxistas, embora não tenha fornecido detalhes sobre um suposto “genocídio” em território colombiano ou quando ele teria ocorrido.
O ministro das Relações Exteriores colombiano posteriormente publicou uma mensagem denunciando o tratamento do Embaixador de Israel na Colômbia a Petro e recomendou que, no mínimo, o embaixador israelense peça desculpas e deixe o país.
Colômbia e Israel mantêm laços diplomáticos desde 1957 e assinaram um Acordo de Livre Comércio, com Israel sendo um fornecedor de longa data de equipamentos de segurança e tecnologia para as Forças Armadas da Colômbia. Essa parceria é crucial na contínua luta da Colômbia contra organizações terroristas como o ELN e as FARC.