Em ofício enviado ao advogado do empresário Roberto Mantovani, Polícia Federal (PF) alega que o vídeo entregue na quarta-feira (19) foi editado. As imagens mostram o momento em que supostamente o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes teria dito que todos seriam identificados ao chegar ao Brasil.
Em nota, o advogado Ralph Tótima, assegura que o vídeo foi fornecido na íntegra, e que o genro de Montavani teria iniciado a gravação no momento em que o ministro fotografou o casal após conversar reservadamente com o filho Alexandre Barci de Moraes, 27 anos. Tótima reitera que Alexandre teria ofendido a esposa do empresário.
De acordo com a defesa do casal, a confusão iniciou após Andreia Mantovani criticar a possibilidade de a família do ministro ter tido privilégio para acessar à sala VIP do Aeroporto Internacional de Roma (Itália). A família foi impedida de entrar devido à lotação.
A PF aguarda imagens gravadas pelo circuito interno de câmeras do aeroporto de Roma, para ajudar a esclarecer o caso, que até o momento possui versões conflitantes. Acontece que a Itália valoriza os direitos humanos, o que considera invioláveis, por isso liberar as imagens do aeroporto fere a privacidade do público, mas pode haver um acordo entre as Nações, ou um pedido judicial.
Tótima alerta que a discussão não tem nenhuma relação com política, e que a situação aconteceu com o filho do ministro, e que até o momento não foi comprovada alguma ofensa ou agressão. Merece destaque que Moraes não foi ouvido pela PF, mas deu ordens de busca e apreensão nos endereços dos envolvidos.
Diante de tantas controvérsias, parte da imprensa já questiona se as supostas ofensas ao ministro realmente é um ataque a democracia e configura como atos antidemocráticos.
O delegado Hiroshi Araújo Sakaki foi o responsável por solicitar os mandados de busca e apreensão contra a família do empresário. A ação foi autorizada pela presidente do STF, ministra Rosa Weber. Sakari faz parte da Diretoria de Inteligência da PF, e atua no inquérito das fake news.
Em seu perfil pessoal, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, enfatiza que: “Independente do erro de se hostilizar um ministro da Corte, ou qualquer pessoa, esse tipo de delito não justifica uma operação de busca e apreensão na casa das pessoas que teriam praticado o ato”.