Após péssima repercussão do mercado financeiro, a Petrobras pode voltar atrás na decisão de não distribuir os chamados dividendos extraordinários (pagamentos extras que as empresas fazem aos seus investidores), relativos a 2023. Mas a reação negativa após o anúncio feito na última quinta-feira (7), somada a necessidade de recursos para cumprir a meta fiscal, podem fazer o governo optar por um meio termo.
A decisão será tomada por Lula após o encontro com o atual presidente da Jean Paul Prates, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto. Nos bastidores, se comenta que a situação de Prates se tornou insustentável após o episódio. No entanto, o CEO chegou a dizer, em entrevista recente, que ainda há possibilidade de distribuição de 50% dos dividendos em questão.
Toda a polêmica veio a tona depois que o Conselho da Petrobras aprovou a proposta de encaminhar, à Assembleia Geral Ordinária, uma distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões, o mínimo previsto em sua política. Outros R$ 43 bilhões seriam retidos em reserva estatutária, mecanismo criado no ano passado com a aprovação de um novo estatuto da petrolífera.
Dividendos são uma reforma de remunerar os acionistas que decidem investir em uma empresa, impulsionando assim os seus negócios.
É preciso cuidado, profissionalismo e boa gestão no momento de distribuí-los em caso de lucro.
Afinal, uma coisa é optar por novos investimentos ou uma eventual necessidade de fazer caixa – muitas vezes motivada por uma turbulência internacional, o que não caso. Outra, é direcionar tal montante para interesses que vão além do negócio em questão.