A Petrobras anunciou um aumento de 7,11% no preço da gasolina e de 9,8% no preço do gás de cozinha, elevando os custos para as distribuidoras e, consequentemente, para os consumidores. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), elogiou a nova política de preços da Petrobras, que se baseia no mercado interno, abandonando a paridade de preços internacional (PPI) adotada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O aumento foi o primeiro desde que Magda Chambriard, indicada por Lula (PT) assumiu a presidência da estatal.
O reajuste no preço dos combustíveis gerou diversas reações, incluindo críticas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O filho do ex-presidente Bolsonaro ironizou o aumento em suas redes sociais: “Fiquem tranquilos, o aumento de preço da gasolina é só para os veículos, não para os motoristas”. Esta mudança ocorre em meio a uma alta na cotação do petróleo e à valorização do etanol no mercado nacional, impactando diretamente os consumidores que já enfrentam preços elevados.
Os consumidores estão sentindo o impacto no bolso. Segundo estimativas da Warren Investimentos, o preço da gasolina na bomba deve subir R$ 0,15 por litro, elevando ainda mais o custo para quem depende do transporte automotivo. Dados do Ticket Log mostram que, no final de junho, o preço médio da gasolina nos postos era de R$ 6,02. O presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, ouvido pelo Correio Braziliense, destacou que o efeito final do reajuste só será percebido plenamente nos próximos dias, conforme as distribuidoras repassarem os novos valores.