As exportações brasileiras de ovos cresceram 150% neste primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2022, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Japão e Taiwan assumem a liderança entre os destinos das exportações. No entanto, de acordo com a CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), o preço do ovo ficou 35% mais caro nos últimos 12 meses, apesar do aumento da produtividade.
O setor alega que o custo de produção teve uma disparada nos preços pela alta nos valores dos insumos que compõe a ração das aves – o milho e a soja; a demanda do mercado externo também afeta os preços. Os estados que registraram aumentos bastante atípicos foram: Minas Gerais, Paraná, Ceará, Maranhão e Tocantins.
Aumento da demanda, baixa oferta e custos elevados, causam queda na produção de ovos. Para os produtores, além dos custos com alimentação das galinhas, as despesas com embalagens é desfavorável para o produtor. Vale lembrar que a pandemia e a guerra entre a Rússia e Ucrânia também afetam o setor.
Segundo Thiago de Oliveira, Chefe de Economia da CEAGESP, o preço do produto foi impactado devido ao surto de gripe aviária que atingiu a América do Sul, e que países vizinhos também diminuíram o plantel. Ele acredita ser possível uma redução de preço nos próximos meses, e sugere substituir a proteína por outra mais em conta, como a cavalinha e a sardinha fresca que compete com a proteína ovo.