O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, rebateu os questionamentos à administração da estatal sobre a retenção de dividendos extraordinários feito pelo Conselho de Administração. A decisão do colegiado, segundo ele, foi orientada pelo presidente da República e pelos seus auxiliares diretos: “É legítimo que o CA se posicione orientado pelo presidente da República e pelos seus auxiliares diretos, que são os ministros. Foi exatamente isso o que ocorreu em relação à decisão sobre os dividendos extraordinários”, afirmou.
Na semana passada, a estatal anunciou a retenção de dividendos extras avaliados em R$ 43,9 bilhões – tal decisão frustrou tanto mercado quanto investidores. O resultado foi imediato e a companhia chegou a perder R$ 56 bilhões em valor de mercado devido ao temor de ingerência política do Governo.
Lula, por sua vez, não fugiu a regra e disse que companhia não tem que pensar apenas em acionistas, mas em investimentos. Faltou a ele dizer quais seriam tais ‘investimentos’. Coube a Prates tentar minimizar o dano: “Vamos voltar à razão e trabalhar para executar, eficaz e eficientemente, o Plano de Investimentos de meio trilhão de reais que temos pelos próximos cinco anos, gerar empregos, renda, pesquisa, impostos e também lucro e dividendos compatíveis com os nossos resultados e ambições”, finalizou.
O passar dos dias não diminuiu o impacto provocado pelo Governo do PT.
Pior ainda, é o ceticismo em torno da principal estatal do país.
Analistas já recomendam a venda imediata das ações.