A oposição da Venezuela, solicitou ao Poder Eleitoral (CNE) uma prorrogação de três dias no prazo para a apresentação de candidaturas às eleições presidenciais de julho. O pedido surge devido à dificuldade de inscrever a candidata Corina Yoris.
A oposição argumenta que direitos constitucionais foram infringidos, incluindo o de “participar nos assuntos públicos diretamente ou por meio de representantes eleitos”.
Além disso, exigiu que seja permitida a candidatura da historiadora Corina Yoris, escolhida candidata em substituição à líder opositora María Corina Machado, inabilitada pela ditadura.
“Em contraste com muitas outras organizações políticas, não nos foi permitido apresentar candidatura presidencial”, afirmou a carta enviada ao CNE. Além disso, foi denunciada a falta de acesso ao sistema durante o período de candidatura.
A oposição também instou o CNE a publicar o cronograma das eleições presidenciais no Diário Oficial, o que – afirmaram – ainda não foi feito, dificultando o planejamento oficial das eleições.
Segundo o cronograma eleitoral, o período de inscrição de candidatos às presidenciais, que começou na quinta-feira passada, termina nesta segunda-feira (25).
Até o momento, inscreveram-se candidatos que se apresentam como opositores, mas são acusados de colaborar com o regime. Entre eles estão deputados, ex-prefeitos, um comediante e críticos da oposição tradicional.
Espera-se que o presidente Nicolás Maduro, candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), se inscreva nesta segunda-feira.
A oposição denunciou uma “manobra” para impedir a candidatura de Corina Yoris, substituta da Machado, alertando a população e o mundo sobre os obstáculos que o processo eleitoral enfrenta.