O silêncio de Lula em relação aos ataques do Hamas tem gerado críticas por parte da oposição ao governo. Lula e o Itamaraty pouparam o Hamas ao falar sobre os ataques terroristas a Israel. Até agora não houve menção ao grupo terrorista que assassinou e sequestrou israelenses. Em redes sociais, parlamentares cobram de Lula a condenação dos ataques a Israel e dizem ser preocupante o posicionamento do Brasil em relação ao terrorismo.
O senador Sergio Moro (União Brasil – PR) criticou Lula na rede social X. “Ruim a nota do Governo Lula. A hora é de condenar, sem condições ou ponderações, os ataques terroristas do grupo Hamas. Mais uma vez, até em situações extremas, a diplomacia presidencial falha. Não é à toa que Hamas parabenizou Lula pela eleição”.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) chamou a atenção para o silêncio do ministro Silvio Almeida. “Impressionante como o ministro dos direitos humanos fica em completo silêncio nesses momentos. Não me respondeu se condenava Maduro, as falas preconceituosas do Lula sobre a África, nem mesmo dos bandidos do Guarujá. E até agora não repudiou os ataques terroristas do Hamas. Eu avisei: fala mansa de quem amansa ditador nunca me enganou. Silvio é uma vergonha”.
Nesta semana, o Brasil convocou uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar sobre o conflito em Israel. O Brasil não condenou o Hamas. Durante a reunião, os especialistas da ONU entregaram aos governos um levantamento de como estava a situação, tanto em Israel como em Gaza. Sem consenso, o encontro terminou sem declaração.
Em declaração à Folha de São Paulo, o assessor especial internacional da Presidência da República, Celso Amorim, disse que a ofensiva não se justifica. “Mas não pode ser vista como um fato isolado”.
“Vem depois de anos de tratamento discriminatório, de violências, não só na própria Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia. Isso não justifica, volto a dizer, mas o que eu vejo é que o resultado dessa atitude, do aumento dos assentamentos israelenses, é a dificuldade de avançar no plano de paz”, reiterou Amorim.