O Ministério Público de São Paulo lançou na terça-feira (9) a Operação Fim da Linha, visando prender dirigentes de empresas de ônibus da capital paulista suspeitos de vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação que contou com um grande efetivo, incluindo 340 policiais militares, agentes da Receita Federal, Ministério Público e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), envolve quatro mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão, com o objetivo de prender dirigentes das empresas de ônibus Transwolff e Upbus.
Os alvos principais da operação, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, e Robson Flares Lopes Pontes, foram detidos em suas residências e na garagem da empresa Transwolff, respectivamente. Além das prisões, foram encontradas armas de fogo, dinheiro e joias em uma das residências dos envolvidos. As investigações revelam que as empresas de transporte eram utilizadas pelo PCC para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e outros crimes.
Como desdobramento imediato, a Justiça determinou que a SPTrans assuma a operação das linhas administradas pelas empresas envolvidas, visando evitar impactos na prestação do serviço de transporte público para os cerca de 15 milhões de passageiros mensais das companhias. As medidas judiciais incluem o bloqueio de bens dos investigados no valor de quase R$ 600 milhões e restrições como afastamento dos cargos e proibição de sair da cidade sem autorização judicial.