A tempestade que atingiu a Grande São Paulo na noite de sexta-feira (11) deixou cerca de 2,1 milhões de pessoas sem energia elétrica. Até a manhã de sábado, 1,6 milhões ainda permaneciam sem luz, provocando uma onda de críticas à Enel, concessionária responsável pela distribuição na região. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a atacar a empresa, afirmando que o governo Lula (PT), tem interesse em manter a concessão, mesmo diante dos problemas recorrentes. “Mais uma vez a Enel deixa a cidade nessa situação”, afirmou Nunes.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também se posicionou de forma crítica, pedindo a abertura imediata de um processo para cassar a concessão da Enel. Em suas redes sociais, Tarcísio destacou que o governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), é o responsável pela fiscalização da distribuidora. O governador reforçou que os paulistas não podem ficar à mercê de um serviço “irresponsável” e acionou o Tribunal de Contas da União para acelerar a análise do contrato da concessionária.
Apesar das críticas, o governo federal, por meio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), reiterou a cobrança de celeridade à Aneel, mas evitou falar em cassação imediata da concessão, alegando que a agência ainda falha na fiscalização. Enquanto isso, a Enel ativou um plano de emergência, mobilizando mais de 2.500 técnicos para reestabelecer o fornecimento de energia e anunciou que helicópteros estão inspecionando as linhas de alta tensão danificadas.