O prefeito de São Paulo e candidato a um segundo mandato, Ricardo Nunes (MDB), enfrenta pressões de seus aliados para evitar sua presença no evento em defesa do Estado Democrático de Direito convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para 25 de fevereiro. Informações vindas de fontes próximas ao prefeito indicam que setores mais pragmáticos do MDB temem que uma associação pública de Nunes com Bolsonaro possa afastar o eleitorado do centro, rotulando-o como radical.
Enquanto isso, certos deputados alinhados a Bolsonaro têm salientado a importância da participação de Nunes no evento, argumentando que sua ausência poderia ser interpretada como falta de apoio ao ex-presidente. Nunes, por sua vez, busca o respaldo de Bolsonaro na disputa pela prefeitura de São Paulo, o que tem gerado expectativas por gestos mais incisivos dos conservadores em favor do líder da direita.
Com a data do evento se aproximando, o prefeito Nunes se vê diante do desafio de equilibrar os interesses dos diversos grupos de apoio e definir sua posição, ao mesmo tempo em que pondera sobre os possíveis impactos políticos de sua decisão. Apesar de expressar apoio a Bolsonaro e contar com o respaldo de figuras próximas a Lula (PT), como Simone Tebet (MDB), a posição final de Nunes só terá seu capítulo final revelado, no próximo domingo.