O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou nesta quarta-feira (7) a proposta de cessar-fogo com o Hamas, enfatizando que a vitória na guerra no Oriente Médio é apenas questão de tempo. Em uma coletiva de imprensa, Netanyahu reiterou sua posição de que a única solução para a Faixa de Gaza é a derrota do grupo islâmico. “Render-se às condições delirantes do Hamas só resultaria em outro massacre e traria uma grande tragédia para Israel que não podemos aceitar”, afirmou.
A rejeição do acordo de cessar-fogo veio no mesmo dia em que Netanyahu ordenou que as forças israelenses atacassem Rafah, cidade localizada na fronteira com o Egito e ponto de entrada para a retirada de reféns, feridos e suprimentos médicos em Gaza. A cidade enfrenta uma crise humanitária severa devido ao cerco imposto por Israel.
Apesar da recusa de Netanyahu, Antony Blinken, Secretário de Estado dos EUA, expressou esperança de que um acordo para libertar reféns em Gaza possa ser alcançado. Ele enfatizou que ainda há “trabalho” a ser feito para encerrar o conflito entre Hamas e Israel. “Estamos muito focados em fazer o trabalho necessário para retomar a libertação dos reféns”, disse Blinken durante sua visita a Jerusalém.
A pressão pelo cessar-fogo aumentou com o avanço das forças israelenses em direção a Rafah. Blinken pediu o envio de mais ajuda humanitária para Gaza, onde a população enfrenta escassez de água, comida, medicamentos e combustível. O secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu que qualquer avanço do exército israelense em Rafah aumentaria ainda mais o pesadelo humanitário já existente na região, com consequências incalculáveis.