O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta segunda-feira (5) que a população civil da Faixa de Gaza poderá ser novamente retirada de suas casas em decorrência de uma nova fase da ofensiva militar contra o grupo terrorista Hamas. A decisão foi tomada após reunião com integrantes das Forças Armadas israelenses, que recomendaram a intensificação das operações para forçar o resgate de reféns. “Ontem à noite… decidimos por uma operação intensificada em Gaza”, declarou Netanyahu em vídeo divulgado em rede social.
A operação inclui ocupação prolongada de territórios já conquistados pelas tropas israelenses, diferentemente de fases anteriores do conflito, em que as forças se retiravam após ações pontuais. O plano aprovado pelo gabinete israelense prevê a expansão gradual do controle em Gaza, com a promessa de manter presença permanente em áreas estratégicas. A população local, segundo fontes do Exército, será levada ao sul do território para “sua própria proteção”, embora não tenha sido divulgado destino definitivo.
A decisão gerou reações críticas de organismos internacionais como ONU e Cruz Vermelha, que veem os deslocamentos em massa como violações ao direito humanitário. Internamente, o plano também provocou protestos de familiares dos reféns, que acusam o governo de colocar em risco a vida dos sequestrados ao priorizar o avanço militar. Paralelamente, ataques do grupo rebelde Houthi, do Iêmen, aumentaram, com mísseis atingindo áreas próximas ao aeroporto Ben Gurion, levando os rebeldes a ameaçarem um “bloqueio aéreo total” contra Israel.