O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que surpreendeu recentemente com elogios ao novo ministro do STF, Flávio Dino, tornou-se alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga desvio de recursos, propina e fraude em licitação entre os anos de 2017 e 2020. A autorização para a quebra de sigilo telefônico, fiscal, bancário e telemático, concedida pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revela a intensificação das investigações sobre o governador e outras seis pessoas.
A Operação Sétimo Mandamento resultou em mandados de busca e apreensão, revelando, segundo fontes do jornal O Globo, a apreensão de R$ 128 mil e US$ 7,5 mil em espécie na residência de Vinícius Sarciá Rocha, presidente do conselho de administração da Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (AgeRio) e considerado irmão de consideração de Cláudio Castro.
O governo do Rio de Janeiro emitiu uma nota à imprensa, enfatizando que a operação não trouxe elementos novos à investigação em curso desde 2019. O comunicado destaca a confiança do governador Cláudio Castro na justiça brasileira e caracteriza a delação que originou as investigações como “criminosa”. A insistência do governador em afirmar a ausência de provas contra si e considerar a delação como um ato criminoso coloca em pauta as dúvidas sobre a validade das evidências apresentadas. A defesa reitera que as medidas cautelares, quatro anos após o início das investigações, não adicionam substância à acusação, sugerindo um possível viés político na condução do caso.