Uma multidão tomou conta da Avenida Paulista neste domingo (6) em ato liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a favor da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. A manifestação atraiu apoiadores de todo o país e superou, em volume de público, outras mobilizações recentes como a de Copacabana, no Rio. Com cartazes, faixas e performances, os manifestantes também protestaram contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, alvo frequente de críticas pela condução dos processos relacionados aos atos de janeiro.
O evento contou com a presença de mais de cem políticos, incluindo governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Claudio Castro (PL-RJ) e Romeu Zema (Novo-MG). Além deles, discursaram a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o pastor Silas Malafaia, que também financiou a estrutura do evento. Malafaia declarou que a mobilização é uma resposta à “injustiça” contra cidadãos comuns. Em meio à recuperação de uma cirurgia, Michelle participou com apoio de seguranças para evitar aglomeração.
Durante sua fala, Bolsonaro reforçou que não teve envolvimento com os atos do 8 de janeiro e voltou a criticar a delação de Mauro Cid, afirmando que houve coação. “Pelo menos quatro vezes foi mudada, mediante constrangimento do Mauro Cid. A última [delação], inclusive, ameaça do ministro [Alexandre de Moraes], de ver seu pai, sua esposa e seus filhos serem condenados”, afirmou o líder da direita, enquanto Lula (PT), um dos maiores interessados na condenação de Bolsonaro para melhorar suas chances de reeleição permaneceu em São Paulo, sem agenda pública.