O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morreu neste domingo (19) em um trágico acidente de helicóptero, segundo informaram os meios de comunicação estatais iranianos. Junto com ele, também perdeu a vida o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, além de várias outras pessoas que estavam na mesma aeronave.
Nesta segunda-feira (20), equipes de busca localizaram o local do acidente e informaram que não havia “sinais de vida”. A televisão estatal havia confirmado que o helicóptero sofreu um “pouso forçado” no domingo devido às dificuldades causadas por uma densa névoa no norte do país.
Raisi e Amir-Abdollahian faziam parte de um comboio de três helicópteros que sobrevoavam a região. A visibilidade na área montanhosa e florestal era de apenas cinco metros no domingo, segundo relatou um jornalista da agência de notícias Fars.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez um apelo à nação para que mantivesse a calma e rezasse por Raisi. “Se o povo do Irã mantiver a calma, o país continuará funcionando normalmente”, declarou Khamenei em uma tentativa de assegurar a estabilidade em meio ao impacto da notícia.
O ministro do Interior, Ahmed Vahidi, afirmou que as operações de resgate foram dificultadas pelas condições meteorológicas adversas, destacando a espessa névoa que prevalecia na região. As autoridades trabalharam intensamente para chegar ao local do acidente, mas as condições do terreno e do clima complicaram os esforços.
Raisi era também um forte candidato para substituir o aiatolá Khamenei, e representava uma concorrência para o filho do líder religioso, Mojtaba Khamenei. Com a morte de Raisi, a sucessão passará diretamente a Mojtaba.