O ex-juiz e senador Sergio Moro afirmou que o “revisionismo histórico” da Operação Lava Jato é fundado em fantasiosas conspirações para deixar impunes aqueles que roubaram a Petrobras e o Brasil. A reação de Moro ocorre após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, acolher um pedido da defesa de Alberto Youssef para investigar suposta escuta ilegal implantada na cela do condenado. Na decisão, o magistrado mandou a autoridades os dados coletados pelos grampos na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, em 2014.
Segundo Moro, a suposta escuta se trata de uma “fato requentado”, que já foi objeto de diversas sindicâncias administrativas da Polícia Federal e de inquérito policial arquivado por decisão do então Juiz Federal Luiz Antônio Bonat. O parlamentar sustenta que não faria sentido optar por algo clandestino quando tinha o poder de autorizar legalmente a escuta.
Mas segundo Toffoli, apesar do Ministério Público Federal não ter encontrado evidências de crimes, houve uso de equipamentos públicos para realizar as escutas. O doleiro Alberto Youssef, condenado a mais de 100 anos de prisão, foi considerado peça-chave na revelação do esquema de corrupção na Petrobras.