A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) foi homenageada com o título de cidadã honorária paulistana no Theatro Municipal – um dos cartões postais de São Paulo. O vereador Rinaldi Digilio (União), autor do projeto para homenagear Michelle, abriu a sessão dizendo que tudo ocorreu sem desrespeitar qualquer determinação porque ele mesmo pagou pelo evento. O custo foi de aproximadamente R$ 100 mil.
A polêmica foi lançada depois que Tribunal de Justiça proibiu a prefeitura de ceder o espaço. Foi estipulada multa de R$ 50 mil caso a decisão fosse descumprida. A liminar suspendendo o uso do teatro veio de uma ação movida pelo PSol.
Em seu discurso, Michelle afirmou que ela e o marido são perseguidos e que Bolsonaro foi um homem que Deus levantou para que fizesse justiça social ao povo brasileiro: “Sofremos perseguições, distorcem nossas falas e tentam destruir a nossa reputação”, disse a ex-primeira-dama
Já Bolsonaro voltou a falar em ameaça à liberdade no país: “Aprendemos ao longo dos nossos quatro anos, ou reaprendemos, algo tão importante ou mais do que a própria vida e não dávamos muito valor a isso. Achávamos que aquilo não iria acabar, que é a nossa liberdade. Tem coisas que você só dá valor depois que perde. Uma delas é a liberdade”, afirmou o ex-presidente.
O prefeito da capital, Ricardo Nunes, também comentou a homenagem, aprovada com maioria na Câmara.
“Tem alguém com mais credibilidade no Estado Democrático de Direito de propor, votar e aprovar o título de cidadão paulistano? Não tem.”