A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou um plano econômico que inclui o aumento de tarifas sobre a importação de automóveis da China e de outros países asiáticos, elevando-as de 20% para 50%. Segundo o governo mexicano, a medida visa proteger empregos e setores industriais locais, como o de têxteis e siderúrgicos.
A decisão foi vista por analistas como uma resposta às pressões dos Estados Unidos, que competem com a China por influência econômica na América Latina. O ministro da Economia, Marcelo Ebrard, defendeu a ação, afirmando que é “quase impossível competir” sem um nível adequado de proteção.
Em resposta, o governo chinês expressou “oposição veemente”, considerando a proposta uma “coerção”. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China declarou que a medida prejudica os interesses legítimos do país. A proposta, que agora segue para o Congresso mexicano, afeta principalmente países sem acordo comercial com o México, sendo a China o principal exportador nessa categoria. O setor automotivo chinês, que teve um crescimento de quase 10% nas vendas para o México em 2024, seria o mais impactado.